Enem

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A prova dispunha de quatro textos de apoio, entre eles, um trecho da Constituição Federal e uma nota do Ministério Público sobre a laicidade do Estado. Dois excertos de reportagens fechavam a coletânea, destacando a violência religiosa como crime inafiançável e o número de denúncias sobre discriminação. A dissertação deveria obedecer o formato argumentativo, com proposta de intervenção que considerasse os direitos humanos.

“Gostei muito da coletânea. Havia um texto que falava sobre o Estado laico, o que talvez fosse uma cutucadinha na bancada evangélica, mas eram todos textos mais objetivos e menos opinativos”, diz Gabriela.

Para Saray, a prova promoveu o resgate de um tema recente e chocante. A intolerância religiosa obteve grande destaque no mês de julho de 2015, quando uma menina de 11 anos, que possuía ligação com o Candomblé, foi apedrejada no Rio de Janeiro. A agressão aconteceu enquanto a jovem seguia com parentes e irmãos de santo para um centro espiritualista, e foi atribuída a um grupo de cristãos evangélicos.

Propostas como o aumento da punição e fiscalização de ações de intolerância, aulas de história das religiões nas escolas e retirada de símbolos religiosos de locais públicos, foram apontadas pela professora Gabriela como possíveis de serem utilizadas na situação problema.

A nota da redação será divulgada apenas em 19 de janeiro. O gabarito oficial está previsto para o próximo dia 9, quarta-feira.

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